domingo, 26 de junho de 2011

Arrumando a casa...



Frances Mayes, em seu livro Sob o Sol da Toscana, escreve sobre a casa: “ ...vender equivale a abandonar um conjunto de lembranças, e comprar equivale a escolher onde o futuro irá acontecer.” E, eu completaria que, decorar é expressar Você em suas diversas facetas. Decorar é arrumar. E arrumar  é sempre um prazer, principalmente se isto significa  renovar.  Mesmo que  tenhamos uma dor de cabeça enorme com a mão de obra que, muitas vezes, não é adequada, competente ou responsável; persistimos e estamos sempre prontas a mudar alguma coisa...Nem que seja a capa das almofadas.
 O desejo de renovar faz parte de nós. Renovamos por fora quando nos sentimos renovadas por dentro ou o contrário: Iniciamos por fora até termos coragem de levá-la para dentro de nós. E é com esta temática que Audrey Wells dirige a atriz Diane Lane no filme Sob o sol da Toscana.
Enquanto o livro de Mayes narra a descoberta da  beleza, da simplicidade e a gastronomia da  vida na Toscana, no filme, Wells vai além. A descoberta da Itália alinha-se com a descoberta interior da personagem, que na quebra das paredes da casa, percebe que também vai quebrando ressentimentos, descobrindo espaços abertos dentro si. Novos espaços são construídos, novos sentimentos são descobertos. É um desconstruir para reconstruir melhor, mais colorido, mais caloroso...
 Vale conferir ou, até mesmo, rever ou, reler. Quem sabe você não descobre que está na hora de reconstruir-se, de dar uma repaginada interior... Boa sorte nesta nova empreitada.
Ambiente

No papel de parede,
Desenhei as flores do seu sorriso.
Colei-o na parede de tom pastel.
Usei almofadas macias e coloridas,
Para nos recostarmos confortavelmente.
O quadro, sobre nós, retratava o tom vibrante da nossa amizade,
Ressaltado pelo azul celeste dos nossos momentos de cumplicidade.
O tapete felpudo permitia o relaxamento dos pés,
Que muitas vezes, tocavam–se carinhosamente.
Na mesa baixa, tínhamos as taças de vinho e os bombons
Que adoçavam nossa convivência...
A música suave espalhava-se pelo ambiente...
A penumbra era diluída pelo abajur negro, que completava a luz difusa
Que penetrava pela janela, farfalhando a cortina escura e esvoaçante.
Mas nada deste espaço faria sentido ou traria beleza,
Se não fosse a sua presença ...
É você que me conforta e decora o meu prazer de viver...

                                                                                                                                 2010.
Que tal um trechinho do filme?!....




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